sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O histerismo destes dias

Enquanto a crise, que tende a passar, ainda deixa as suas marcas profundas bem vincadas na nossa sociedade, com o difícil arranque da economia e a consequente geração de emprego - comum a todo o mundo Ocidental, e outros países, como a Grécia, adoptam medidas drásticas para arrancar o país do descalabro em que se afundou - e esta situação diz-nos respeito e afecta-nos directamente, por partilharmos a zona €uro com a Grécia -, em Portugal parece que não há mais nada do que uma tentativa, de acordo com uns quantos, de José Sócrates querer controlar a comunicação social.

Não bastava o argumento, parvo, de que em Portugal havia falta de liberdade de expressão, tese que entretanto foi abandonada, face ao ridículo do argumento, a teoria de que Sócrates queria controlar os media continua na crista da onda.

Não fosse este um momento delicado para milhares de portugueses, e esta historieta de umas quantas personalidades, auto-consideradas como paladinos da Liberdade, ainda poderia ter a sua piada. Mas este caso nem tem piada, pela seriedade da matéria, nem pode continuar a passar impune, pelas montagens que se esboçam, que em muito contribuem para a degradação da vida política e dos próprios agentes políticos.

A política portuguesa, que precisa de viver, como as outras democracias, de propostas e confrontos de ideias, virou um mau exemplo, com o debate centrado em pessoas e intrigas.

Carlos Manuel Castro

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