quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sócrates inaugura lagar do segundo maior operador mundial de azeite

O primeiro-ministro, José Sócrates, inaugura hoje, quarta-feira, em Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja, o primeiro lagar em Portugal do grupo Sovena, o segundo maior operador de azeite do mundo.

A inauguração do lagar, que, segundo o grupo, é "um dos maiores projectos de investimento privado do setor agrícola realizado em Portugal nos últimos 20 anos", contará também com a presença do ministro da Agricultura, António Serrano.
O lagar, num investimento total de nove milhões de euros, dos quais já foram investidos 7,6 milhões de euros numa primeira fase, é um projecto da empresa Elaia do grupo Sovena, detido pelo grupo Nutrinveste, o "líder em Portugal no mercado de azeite".
Co-financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural, o lagar, a funcionar há um mês na herdade do Marmelo, prevê transformar 30 mil toneladas de azeitona por campanha olivícola, a partir da colheita dos três pólos agrícolas geridos pela Elaia em Portugal, disse à Agência Lusa o director de Marketing do grupo Sovena, Luís Pereira Santos.
Os pólos agregam cerca de "10 mil hectares de olivais modernos" espalhados por 57 quintas e herdades nos concelhos de Ferreira do Alentejo (distrito de Beja), Avis e Elvas (distrito de Portalegre).
O Lagar do Marmelo, com quatro linhas de produção, tem capacidade para produzir e armazenar oito milhões de litros de azeite por campanha olivícola, ao ritmo de 200 mil litros por dia, precisou.
"O lagar é essencialmente uma unidade de processamento de azeite, mas terá uma pequena unidade de embalamento para produções limitadas e de elevadíssima qualidade", disse, frisando que "a maior parte do volume" de azeite continuará a ser embalado na fábrica do grupo Sovena no Barreiro.
O azeite produzido no lagar "será essencialmente comercializado" através das "duas marcas mais emblemáticas" do grupo, Oliveira da Serra e Andorinha, nos mercados interno e externo.
O lagar deverá criar "15 postos de trabalho" e vai "servir as necessidades de produção" do grupo, mas também irá escoar a produção dos olivicultores da região, que "queiram laborar azeitona e não tenham lagar".
Segundo Luís Pereira Santos, o projecto da Elaia, integrado na estratégia do grupo de "recuperar o olival português e dar resposta a cerca de um terço da actual produção nacional de azeite", já implicou um investimento de quase 200 milhões de euros e deverá criar "cerca de 500 postos de trabalho efectivos e temporários, directos e indirectos", nos três pólos agrícolas da empresa.

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