terça-feira, 11 de outubro de 2011

Discurso do Presidente da CPCO na Universidade de Verão


É esta a minha primeira intervenção enquanto Presidente da CPC do concelho de Odivelas. Faço-a, por isso com orgulho e emoção. O Partido Socialista está no meu coração desde sempre e dele sou militante há trinta anos. Mas todos compreenderão que tenha de fazer uma menção prioritária e muito especial à camarada Susana Amador. Ela foi a líder desta concelhia desde Outubro de 2005, logo após a sua primeira vitória eleitoral autárquica. Construiu, desde aí, um partido socialista sólido, afectivo, eficaz e preparado para vencer. Um PS capaz de enfrentar com determinação e qualidade os desafios que o futuro, em cada dia, foi tornando mais exigente.

A minha primeira mensagem para todos os socialistas de Odivelas é muito simples: o projecto que perseguimos é o que foi definido em 2005, com o programa eleitoral apresentado; depois melhorado e aprofundado com o programa eleitoral de 2009. A matriz de ambos os programas é a matriz da liderança de Susana Amador. E é por essa matriz que me irei bater e que exorto todos os militantes socialistas deste concelho a juntarem-se para que os objectivos de vitória do PS sejam atingidos.

Camarada Susana Amador, o facto de ter sido escolhida para o Secretariado Nacional do PS, liderado pelo camarada Secretário-Geral, António José seguro, é um orgulho para todos os socialistas de Odivelas e é também a justa medida de todo o seu trabalho esclarecido, intrépido e dedicado, às melhores causas que a política em Portugal possui: as causas do Partido Socialista! Camarada Susana Amador, a sua presença e influência no PS de Odivelas será cada vez mais actuante, marcante e mobilizadora.

Viro-me agora para todos os restantes militantes do PS Odivelas. A todos saúdo com um abraço fraterno e solidário. A todos digo que assumo as presentes funções com a humildade própria de quem sabe que assume funções para servir. Para servir o partido socialista e todos os seus militantes mas, também, todos os munícipes do concelho de Odivelas. O programa é também simples e claro e já atrás o referi: o programa de Susana Amador!

Conto com todos os militantes socialistas, independentemente das suas funções; mas, naturalmente, tenho que sublinhar a importância da colaboração estreita com todos os coordenadores de secção, sejam sectoriais ou de residência, os coordenadores e os secretariados que lideram, claro; sublinhar também os socialistas que pertencem aos executivos das Juntas de Freguesia e os quatro Presidentes de Junta: António Rodrigues, Joaquim Farinha, Rogério Breia e José Guerreiro. Ao José Guerreiro deixo uma saudação especial. Desejo que encontre forças para vencer a situação delicada que vive e gostaria que através de uma salva de palmas vigorosa nos associássemos à sua luta pela qualidade de vida. Precisamos de ti em forma, camarada José Guerreiro!

Claro que tenho de me referir também ao Presidente da Assembleia Municipal, Sérgio Paiva e a todos os deputados municipais socialistas. A vossa contribuição é essencial para que as estratégias socialistas tenham êxito no nosso concelho. Permitam agora que dê um abraço especial, muito afectivo, àqueles que me acompanham todos os dias na luta para a edificação de um concelho melhor através da acção do executivo municipal: um abraço aos vereadores e amigos Hugo Martins, Fernanda Franchi e Paulo César.

Esta Universidade de Verão é a continuação de uma feliz iniciativa engendrada há já alguns anos pelas CPCs de Odivelas e de Vila Franca de Xira, tendo em vista o reforço da reflexão estruturada acerca dos grandes temas que mexem com a cidadania actual. Destas Universidades de verão resultam sempre intervenções notáveis, ricas de conteúdo e de conhecimento.

Os temas do dia de hoje foram temas da maior importância. Temas perante os quais os socialistas não podem deixar de reflectir aprofundadamente. A mudança de paradigma no tocante à lei eleitoral e ao modelo orgânico das autarquias locais; o futuro da Europa enquanto projecto comum e as soluções económicas para Portugal no quadro actual de uma crise continuada e ainda em declive.

As alterações que se prevêem para a lei eleitoral são alterações que visam aprofundar o equilíbrio dos executivos municipais, aumentando, claro, a sua responsabilização. Por outro lado, aumentam imenso a responsabilidade política da Assembleia Municipal. Julgo que se trata de uma mudança positiva, que parece consensual na sociedade portuguesa, mas que implicará novos pontos de tensão. Muito mais se passará a jogar no funcionamento do órgão Assembleia Municipal e do seu equilíbrio dependerá o equilíbrio do funcionamento do executivo camarário.

Já no tocante à Europa devo dizer que me parece um assunto a que o camarada António José Seguro tem dado uma importância crucial. E tem uma importância crucial. Longe vão os tempos em que gritávamos na rua e se enchiam comícios sob o lema “A Europa Connosco!”. Agora vamos tendo algumas dúvidas quanto a se a Europa está efectivamente connosco. Mas também nós, portugueses, temos de saber dar mais e sobretudo melhor de nós, à Europa. Não podemos continuar a ser eternamente alunos. Do êxito da actuação da União Europeia, enquanto verdadeira união, dependerá o essencial do nosso bom o mau futuro.

No quadro do crescimento económico e das soluções para Portugal é difícil opinar. A situação vivida é delicada no mundo, na Europa e no nosso país. Claro que não podemos deixar de  reflectir acerca do facto de sermos um dos dois países da União Europeia em vias de recessão. Julgo que as actuais medidas do governo de Passos Coelho irão agravar essa tendência. A pressão sobre o rendimento de cada agregado familiar poderá conter o deficit mas irá tb levar a que a contracção do mercado interno gere situações desconfortáveis ao nível do crescimento das empresas bem como ao nível do incremento do emprego. Um mercado interno cada vez mais contraído pelas medidas de austeridade não permitirá desafogo estratégico para as empresas se potenciarem. Diga-se também que as notícias inacreditáveis vindas do arquipélago da Madeira, ao nível de total desnorte orçamental e financeiro, são preocupantes e podem ajudar a puxar Portugal para patamares que lhe não deveriam ser próprios.

Mas vivemos em Odivelas e existe um governo local, liderado por Susana Amador. Um governo local que tem um programa sólido ao nível do apoio social, da Cultura, da Educação, da Saúde, das Actividades Económicas, do ambiente, ao nível, ainda, do reordenamento e da regeneração urbana.

O trabalho desenvolvido no plano educativo tem recebido os elogios dos mais diversos quadrantes e é apontado como exemplar. A luta pela construção dos novas Unidades de saúde familiares tem sido intensa e o seu resultado só depende, neste momento, do governo em funções. Tudo o que ao executivo municipal e à sua Presidente dizia respeito foi cumprido com rigor e competência política. As políticas de intervenção no espaço público foram incrementadas de modo sustentado.

No quadro do reordenamento urbano cabe destacar a importância da candidatura ao PORLISBOA, cujas acções permitirão que o centro histórico de Odivelas conheça um novo fôlego e uma realidade feita de mudança e modernidade; mas cabe também destacar a candidatura para a regeneração urbana dos cinco bairros da vertente sul. A realização de todas as 29 acções da candidatura vai exigir muito do município e das comissões de administração conjunta mas vai valer a pena perceber que a execução dessas acções será um passo decisivo no caminho da realização dos sonhos de milhares de habitantes e proprietários da vertente sul. Claro que será um trabalho difícil, continuado e exigindo muita, mas mesmo muita vontade política.

Ao nível cultural estamos a celebrar os 750 anos de D. Dinis. Já foi apresentado um programa de comemorações muito sólido, com muita ambição mas pensado para um orçamento contido. A inauguração do pólo de Caneças da Biblioteca Municipal D. Dinis foi um momento muito alto para os habitantes jovens, seniores e de todos os estratos etários de Caneças; a aquisição da Fonte das Piçarras constituiu uma grande viragem no quadro da política de preservação do património do concelho de Odivelas. A reabertura do Mosteiro de S. Dinis é uma realidade com data definida: 8 de Outubro de 2011, data em que haverá a sessão solene de celebração dos 750 anos de D. Dinis e assinatura do protocolo entre a CMO e o IO.

Enfim, sabemos que o país está mergulhado numa situação difícil. Essa situação difícil tem consequências em Odivelas. Mas os socialistas também sabem que podem encarar os munícipes com o rosto do dever cumprido. Os socialistas de Odivelas lideraram a gestão pública do concelho desde 19 de Novembro de 1998. Qualquer comparação com o tempo de Loures é pura coincidência. Todos o sabem. Com os mandatos de Manuel Varges Odivelas assumiu o seu papel de independência e assumpção de destino. Com Susana Amador trilhou os caminhos da modernidade. As boas práticas são uma realidade intrinsecamente ligada à gestão do nosso concelho. A proximidade com os munícipes e as instituições atingiram um ponto de grande intensidade. Assim aconteceu com as políticas de índole social, políticas inclusivas; com as políticas de índole cultural, políticas de identidade; com as políticas de intervenção no espaço público e regeneração, políticas de reordenamento do território. 

Há neste momento muitos portugueses que sofrem. E de entre eles, muitos odivelenses. Os socialistas sabem que é em situações de crise que a fraternidade tem de ser mais intensa. Sabem que as políticas de inclusão têm de ser assumidas com mais intensidade. E é neste caldo de intervenção pública que os socialistas se sentem mais à vontade. Ser socialista é estar mais próximo de quem sofre, mas também estar mais próximo de quem sonha. É isso o que fazemos todos os dias: políticas de proximidade! Os próximos desafios políticos em Odivelas serão desafios de muita exigência. A unidade sob uma liderança clara assume-se como da maior relevância.

Caras e caros camaradas, esta universidade de verão serviu para mostrar diversas coisas fundamentais: que o debate esclarecido é a grande via para o entendimento e a definição de boas políticas; que a unidade na acção, aqui exemplificada pelo trabalho de equipa entre Odivelas e Vila Franca de Xira é da maior importância para se atingirem boas performances e que dentro de Odivelas nós, os socialistas devemos dizer que juntos iremos mais depressa, mais longe e mais alto.

Viva o PS!
Viva Odivelas!
Viva Portugal!


Mário Máximo

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