terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Portugal avança quatro lugares no ranking da OCDE

A OCDE assinalou hoje, em Paris, a evolução "impressionante" nos resultados da avaliação dos alunos portugueses.
De acordo com o PISA, relatório que avalia conhecimentos e aptidões em matemática, leitura e ciências dos alunos de 15 anos, Portugal subiu quatro lugares no ranking para a Educação e é agora 21.º entre 33 países.

A ministra da Educação já veio dizer que estes resultados se devem ao empenho dos professores.De acordo com os dados apresentados no PISA, esta terça-feira, na capital francesa, Portugal ultrapassou a Espanha e chegou-se à média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) após anos na cauda do pelotão, sendo a Matemática a disciplina em que se registou a maior evolução nestes três anos que separam os relatórios de 2009 e 2006.

O relatório deste ano do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) colocou em números a melhoria das competências dos alunos portugueses relativamente à Matemática, Leitura e Ciências.

"Portugal ocupava o fundo da tabela nos relatórios anteriores e desta vez aproximou-se da média dos países da OCDE, ultrapassando por exemplo a Espanha", assinalou Andreas Schleicher, director da Divisão de Indicadores e Análise da Direcção de Educação da OCDE, acrescentando que “o melhor resultado de Portugal no relatório de 2009, em relação ao de 2006, foi obtido na Matemática".

Numa primeira reacção a estes resultados - que colocam Portugal com 489 pontos, próximos da média de 493 – a ministra da Educação, Isabel Alçada, disse que é uma melhoria "muitíssimo expressiva" dos resultados dos alunos portugueses.

Isabel Alçada atribui resultados aos professores

Sublinhando que de Paris chega o "resultado mais expressivo de sempre" em relação aos alunos portugueses, a ministra Isabel Alçada fez ainda questão de salientar que, "em primeiro lugar, os resultados devem-se ao trabalho dos professores e à sua qualidade, investimento e empenho".

Logo após, nestas declarações à Agência Lusa, a ministra portuguesa lembrou o papel dos directores das escolas, cujo "esforço consistente e competente" se traduz em escolas "eficazes", e das “famílias (que) têm vindo cada vez mais a acompanhar de perto a vida escolar dos filhos, netos ou vizinhos".

Isabel Alçada falou ainda da aposta do Estado na melhoria da escola, nomeadamente o investimento no pré-escolar e básico.

"Portugal é o segundo país que mais progrediu em ciências e o quarto em leitura e em Matemática", apontou a ministra da Educação, para deixar uma palavra sobre o investimento que o Governo tem feito em recursos educativos.

Para a governante não são alheios aos resultados hoje conhecidos a rede de bibliotecas escolares e o Plano Nacional de Leitura.

Ministra insiste na avaliação

Numa altura em que a Educação portuguesa atinge patamares inéditos, a ministra Isabel Alçada não perde a oportunidade de defender aquela que é uma das meninas dos olhos do Executivo Sócrates: a avaliação.

Para a ministra, a "cultura de avaliação" aplicada a alunos, professores e escolas tem o seu dedo nos resultados do PISA.

Os dados gerais do relatório da OCDE revelam que Portugal faz parte do grupo de países que tiveram melhorias significativas nestes três anos desde o estudo de 2006, juntamente com Chile, Israel e Polónia.

Este estudo foi realizado com base numa mostra de 6298 alunos, constituída pelos peritos da organização, que se submeteram a exames iguais em todos os países. Um estudo "independente, rigoroso e uma referência para os sistemas educativos", apontou o responsável da OCDE Andreas Schleicher.
fonte: www.rtp.pt

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