quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Manuel Alegre pede mobilização da esquerda para forçar segunda volta

O candidato presidencial Manuel Alegre apelou hoje a uma mobilização da esquerda nas eleições presidenciais de 23 de Janeiro e acusou o actual presidente da República, Cavaco Silva, de ser “corresponsável" pela situação que se vive no país.

“O presidente fez muitos avisos, disse várias vezes que a situação era explosiva e insustentável, mas isso não serviu nada. Ele não usou os poderes presidenciais. Esvaziou a função presidencial e por isso ele é corresponsável pela situação que estamos a viver e não pode lavar as mãos como Pilatos. E os portugueses têm de ter consciência disso”, afirmou.
Manuel Alegre falava num almoço com cerca de duas centenas de apoiantes, em Sarilhos Pequenos, depois de um périplo pelo concelho da Moita, em que pediu a ajuda de toda a esquerda para obrigar Cavaco Silva a disputar uma segunda volta das presidenciais.
“Nós estamos aqui, na rua, na área ribeirinha da Moita, em Trás-os-Montes, no Alentejo, no Algarve, estive na emigração, e vi o mesmo grito de esperança: que o dia 23 de Janeiro à noite volte a ser 25 de Abril com uma segunda volta, uma segunda volta que nos vai garantir a vitória nas eleições e a salvaguarda da nossa democracia, tal como está consagrada na Constituição da República”, disse.
Quero deixar aqui um apelo a todos os democratas, a toda a esquerda, para que não disperse os votos, para que convença os indecisos e que se mobilize, porque a direita está mobilizada, sabe o que quer, sabe o que defende e o que pretende destruir para defender os seus interesses”, acrescentou Manuel Alegre.
O candidato apoiado pelo PS e pelo BE reiterou outras críticas que tem vindo a fazer a Cavaco Silva, responsabilizando o actual chefe de estado por ter permitido a destruição da frota de pesca, quando era primeiro-ministro, e de vir agora dizer que Portugal precisa de explorar melhor os recursos marítimos.Manuel Alegre também não deixou passar em claro as declarações de Cavaco Silva sobre a decisão do governo regional dos Açores, de compensar os cortes salariais para alguns trabalhadores com a atribuição de subsídios.“[Cavaco Silva] preocupou-se muito com aquilo que fez o César, com aquelas compensações nos Açores, mas com os dividendos distribuídos antes dos impostos não se perturbou, sobre isso não disse uma palavra”, disse
Manuel Alegre referindo-se à intenção da PT e de outras empresas de anteciparem para este ano a distribuição de dividendos, evitando assim o pagamento de impostos previstos para 2011.
Fonte: DN

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