segunda-feira, 18 de julho de 2011

Porque Apoio ANTÓNIO JOSÉ SEGURO para Secretário-Geral do PS!

Nos próximos dias 22 e 23 (6.ª Feira e Sábado) os militantes do Partido Socialista vão eleger o próximo Secretário-Geral do PS.
A este sufrágio apresentam-se António José Seguro e Francisco Assis, dois nomes que dispensam apresentações, quer no interior do Partido Socialista, quer no País! E, só isso, é já uma grande vitória para o PS!
Chegados aqui, quero expressar as razões porque apoio e vou votar em ANTÓNIO JOSÉ SEGURO!
Em primeiro lugar, apoio o António José Seguro por uma questão de empatia! É muito difícil estar com ele e ouvi-lo falar das suas ideias para o PS e para Portugal, e não estabelecer com ele de imediato um sentimento de empatia. Dir-se-á que é pouco para apoiar um projecto político, e é verdade! Mas, junto com outras (muitas) razões, é um bom início para se apoiar um projecto político.
Em segundo lugar, apoio o António José Seguro pela forma como avançou para esta candidatura! Tendo num passado recente dado a conhecer essa sua intenção, quando as circunstâncias o proporcionassem, foi absolutamente coerente e consequente com essa ideia, sem se deixar amarrar por calculismos ou pequenas estratégias, como tantas vezes acontece nestes momentos em que um Partido acaba de sair de uma derrota eleitoral e tem pela frente um tempo mínimo previsível de uma Legislatura na oposição, apresentando esta candidatura sem estar à espera de ver se existiriam outros candidatos, e quem seriam esses candidatos! Ao contrário do que aconteceu com o seu adversário nesta disputa interna, que só avançou depois de saber que outro não o faria, como o próprio reconheceu publicamente!
Em terceiro lugar, apoio o António José Seguro pela forma absolutamente leal com que ele esteve, na minha opinião (ao contrário do que alguns seus detractores tentam fazer crer aos menos atentos), com o anterior ciclo político do PS! E explico porquê! O António José Seguro foi leal da forma mais difícil que se pode ser, na divergência! É bastante mais fácil ser-se leal na convergência. E, mesmo assim, e como tão bem o sabemos, não são raras as vezes em que as necessidades dos protagonismos individuais se sobrepõem ao interesse colectivo, e essa lealdades acabam colocadas em causa. Difícil é ser leal na divergência! Sendo conhecidas algumas divergências suas com algumas opções e caminhos assumidos pela anterior liderança do PS, o António José Seguro foi sempre extremamente inteligente e publicamente contido (ao contrário de alguns outros) na expressão dessas divergências, privilegiando os órgãos próprios do Partido em que tinha lugar para as expressar! Ao mesmo tempo que manteve sempre uma disponibilidade permanente para o Partido, e, sem violação da sua consciência, para protagonizar em nome do PS os combates políticos para que foi convocado, de que são exemplo as sucessivas candidaturas nas Legislativas como cabeça-de-lista pelo círculo de Braga, sempre com assinaláveis resultados no quadro global dos resultados eleitorais do Partido Socialista! Se isto não é ser leal, é o quê?
Em quarto lugar, apoio o António José Seguro pela proposta que ele nos apresenta de abertura do espaço de discussão no processo de tomada de decisão no PS! Ao longo dos últimos anos, vimos assistindo (e isto está longe de ser exclusivo no PS) a uma preocupante e crescente cultura de se olhar para aqueles que pensam de forma diferente logo como adversários ou opositores, afunilando por essa via o processo de decisão, tornando-o cada vez mais exclusivo e feito por um cada vez menor número de pessoas, e assim potencialmente menos representativo da vontade da maioria dos militantes, que se vão progressivamente sentindo menos representados nas decisões que são tomadas, e assim sucessivamente… O António José Seguro propõe-se e propõe-nos romper com este caminho. Não iludo que será mais difícil do que poderá à partida parecer, mas eu confio na sua capacidade e determinação para o fazer! Oxalá os militantes do PS saibam também corresponder (e eu acredito que isso vai acontecer) a este desafio!
Em quinto lugar, apoio o António José Seguro porque ele nos promete uma política de proximidade e de afectos no PS e para o País! Bem sei que num dos momentos mais infelizes que teve nesta campanha interna, o FA afirmou que lhe “repugnava” esta “política dos afectos”, manifestando a sua preferência pela “política do combate”. Na minha maneira de ver a Política, sem dúvida que o combate interpartidário tem naturalmente um lugar de destaque. Em termos internos, naturalmente que a discussão de ideias, projectos e propostas (em termos internos recuso-me a usar a expressão “combate”), tem também um lugar fundamental. Mas, na minha maneira de ver a Política, a prioridade das prioridades terá sempre de ser a procura das melhores soluções concretas para os problemas concretos das pessoas em concreto! Uma Política feita por Pessoas para Pessoas, que têm sentimentos, ilusões, desilusões, expectativas e angústias! A negação disto é uma política feita por “robôs” para “números”, e isso será sempre absolutamente contrário e violador da matriz solidária e humanista do Partido Socialista!
Finalmente, apoio o António José Seguro porque me revejo quase na íntegra nas propostas estratégicas que nos apresenta na sua Moção Política de Orientação Nacional! Começando pela importância da Europa (cuja “chamada” à primeira linha da discussão política actualmente em curso protagonizou logo no momento da apresentação pública desta sua candidatura, numa visão e capacidade de entender “o momento” que superou não só o Francisco Assis, como o próprio Governo e o Presidente da República) para Portugal, de qual deve ser o futuro da Europa e do seu papel neste Mundo globalizado; de qual o novo papel que o Partido Socialista Europeu deve assumir no renascimento do Projecto Europeu dos seus pais fundadores, e da participação activa que o PS deve ter na definição desse papel; a aposta determinante em políticas que visem o crescimento económico do País, por via de um aumento da nossa capacidade exportadora e da diminuição das nossa necessidades de importações de bens, em contraponto com sucessivas e cada vez mais agressivas e asfixiantes políticas de austeridade, sem colocar em causa a necessidade de equilíbrio das nossas contas públicas e o cumprimento dos compromissos constantes do memorando assinado com a “troika”; o combate firme à corrupção e o reforço dos meios ao dispor da Justiça; e terminando com as propostas de alteração do sistema político, designadamente das leis eleitorais para a Assembleia da República e para as Autarquias Locais, com a introdução no primeiro caso de uma maior aproximação entre eleitores e eleitos (seja por via da criação de círculos eleitorais de menor dimensão, ou preferencialmente de círculos uninominais) e do princípio da liberdade de voto dos Deputados (com natural excepção das matérias programáticas ou da governação), e no segundo caso com a criação dos executivos municipais homogéneos, com o reforço dos poderes das Assembleias Municipais, pondo (finalmente!) fim a essa realidade inexplicável nestes tempos de dupla parlamentarização da vida política municipal!
É, pois, por todas estas razões (e por outras que o tamanho que este artigo já leva me abstenho de enumerar) que considero que O NOVO CICLO que o ANTÓNIO JOSÉ SEGURO nos propõe é o melhor que o PS tem para oferecer a PORTUGAL!
José Esteves, militante da Secção da Ramada, Concelhia de Odivelas (FAUL)
Candidato a Delegado ao XVIII Congresso Nacional do PS na LISTA A1 da Secção da Ramada

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