No seu discurso num mega almoço que juntou mais de 500 pessoas, Manuel Alegre sublinhou as diferenças de atitude em relação ao seu adversário, evidentes nas contradições entre as suas palavras e actos. “ Cavaco Silva pediu às pessoas para virem à rua defender as escolas mas quando aparecem os professores e os alunos manda afastá-los”, criticou, sublinhando em contraponto que tem recebido sempre as pessoas.
Manuel Alegre acusou Cavaco Silva de populismo, porque “promete o que não pode dar e ameaçando com a lógica do eu ou o caos”. “Ameaça com a crise que ele próprio já anunciou que ia provocar e insulta diariamente os outros candidatos, ou porque são loucos, ou porque são ignorantes ou medíocres – todos menos os que não estão na candidatura dele”, afirmou, considerando essa atitude como “uma dificuldade em conviver com o contraditório que é próprio da democracia”
O candidato sublinhou ainda que está nesta luta para “afirmar o primado da política”. “Não queremos o poder político subjugado pelo poder económico” nem “submeter o nosso país à ditadura do inimigo sem rosto que são os mercados financeiros”, declarou, acusando Cavaco Silva de ser incapaz de criticar esses mercados por desejar a entrada do FMI em Portugal para pôr em prática o programa que a direita sabe que, se levasse a votos, seria chumbado.
Afirmando ter consigo o legado de Mário Soares e Jorge Sampaio, mas também o legado da sua própria vida, Manuel Alegre exortou que a hora é de “resistir, mobilizar, unir, somar e despertar as pessoas para o combate decisivo” do próximo Domingo.
Uma onda em crescimento visível também nas arruadas de ontem em Braga, Guimarães e Barcelos, onde Alegre contou com grandes enchentes de apoio popular. A chuva que se fez sentir não impediu centenas de pessoas de se juntarem para o saudar e encorajar. Em Braga, esperava-o uma “tenda Alegre”, onde o candidato se dirigiu à entusiástica população com palavras de confiança na vitória, reiterando o seu compromisso na defesa da democracia e do Estado Social.
À tarde, em Famalicão, o candidato homenageou Barnardino Machado, Presidente por duas vezes na I República, depositando uma coroa de cravos vermelhos em frente ao monumento à sua memória.
Fonte: 18-01-2011 http://manuelalegre2011.pt
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